terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Pra quê?


Pra que, então, vivemos em sociedade? Eita hipocrisia generalizada! Tantas leis, restrições, proibições, multas, limites, padrões para tentar manter a 'ordem' e cada vez mais estamos perdidos. Quanto mais civilizados, pior parece ser. Nas milhares de cidades ao redor do mundo a indiferença e a desunião estão presentes de diferentes maneiras, e muitas delas abruptas, berrantes, e mesmo assim não são capazes de chamar a nossa atenção. Cada vez mais, parece ser peculiar do cidadão pensar e agir como robôs, como seres humanos imersos em um constante esforço para a perda da sensibilidade.
Temos liberdade de expressão e pensamento se isso não subverter a 'ordem'. Caso contrário, somos punidos, pagamos um preço por ser diferente, por ser autêntico, por ser original, por ter algo a a mais para oferecer nesse mundo. E sabe por quê? Porque esse a mais ficou proibido pela na sociedade, passou a ser visto como ameaça. Tantas leis são criadas a todo tempo em países e regiões onde estas se tornam o correto e muitas vezes são julgadas de maneira injusta. Para que servem as penitenciárias se os governos não desenvolvem planos sólidos capazes de acabar com a criminalidade de um modo radical. A criminalidade nada mais é do que o fruto de uma sociedade desigual, o que torna fácil entender o porquê desta ser um problema até mesmo nos países 'mais favorecidos'. Outro ponto é que a aplicação das leis contra a criminalidade parece estar direcionada na proporcão inversa ao posicionamento da classe social que o indivíduo ocupa na sociedade.
O modo de vida competitivo em que vivemos nos faz esquecer da solidariedade, e competir passou a ser mais importante do que ajudar. Por que não crescermos juntos, com igualdade e dignidade, sem precisar destruir para suceder. Por que não dividir ao invés de acumular? Olhamos alguém estendido no chão, com fome, doente, machucado, alucianado ou até mesmo morto e o que fazemos? Simplesmente, não temos reação, ou melhor, preferimos não ter reação. SER OMISSO É MAIS CÔMODO E MAIS SEGURO, E NÃO ESTAMOS INFRINGINDO LEI ALGUMA. Ignorar o outro, o que acontece ao seu redor, virou um ato tão comum entre as pessoas que SE TORNOU ESTRANHO SER BONDOSO. Verdadeiros atos de solidariedade, sem nenhuma intenção envolta, são cada vez mais raros e é por isso que o mundo carece de ajuda. Sem forças integradoras, sem o domínio do espírito de união sobre o da indiferença, nada poderá ser feito, nada mudará.
O DIFERENTE SE TORNOU REPULSIVO e estamos cegos para tentar compreender essas diferenças, julgamos de olhos fechados, a partir de um critério aceito pela 'maioria'. Acreditamos ser tão avançados cientifica e tecnologicamente, mas reduzimos a nossa capacidade de criar pela mediocridade da cópia ou a pequenas alterações. Inovar é preciso e a mesmice nada nos acrescenta. Somos seres dotados de alma e ter orgulho em dizer que estamos progressivamente mais próximos das máquinas é uma grande tolice!

09/07/2008

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